TRATAMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS DE VARIZES

Dr. Fábio Gallette - Cirurgia Vascular

Durante muitos anos a cirurgia de varizes foi praticada com a remoção das veias tributárias doentes através de incisões, sob anestesia. Ainda, o tratamento da veia Safena , seguia o mesmo princípio, remoção do trajeto através de sua remoção com guia metálico (flebo extrator).

Os resultados desta modalidade cirúrgica sempre foram excelentes, haja visto sua execução ainda nos dias atuais. Técnicas com incisões menores e o uso de micro ganchos, muito difundidas em nosso pais, propiciaram resultados estéticos satisfatórios estabelecendo uma tendência com a preocupação de serem menos invasivos.

A evolução tecnológica da medicina possibilitou a abordagem endovenosa no tratamento das varizes através: da utilização de cateteres e substancias esclerosantes, punções ao invés de incisões e utilizando da anestesia local para a grande maioria dos procedimentos.

Quando comparados as técnicas tradicionais, Os resultados destas modalidades menos invasivas mostraram-se equivalentes em eficacia com a vantagem de serem mais rápidas, possibilitarem 0 uso de anestesia local, permitirem uma recuperação mais breve e, principalmente, oferecerem maior conforto aos paciente.

Desta forma, a maioria das diretrizes europeias e americanas apontam para a utilização de métodos menos invasivos como primeira opção no tratamento para as varizes de membros inferiores.

Mas afinal, quais seriam estes métodos?

Resumidamente, os métodos menos invasivos disponíveis são:  Ablação térmica ( rádio frequência, LASER ou vapor), ablação química (esclerosantes líquidos ou espuma) e mini cirurgia de varizes entre outros.

Todos podem ser realizados sob anestesia local, com ou sem sedação, e permitem os benefícios citados acima.

Como exemplo, podemos citar a utilização da ablação térmica no tratamento das veias safenas insuficientes. Neste caso, o procedimento é realizado através da punção da veia safena e inserção de um cateter no trajeto venoso doente. Realiza-se a anestesia de todo o trajeto e posteriormente a liberação da energia térmica que provoca a oclusão venosa.

O procedimento dura cerca de 20 minutos e permite deambulação (andar) logo apos o procedimento e breve retorno as atividades rotineiras.

No caso da ablação(secagem) química, os esclerosantes líquidos são injetados geralmente em veias de menores diamêtros enquanto que a espuma, preferencialmente, em veias maiores . A ablação química constitui uma opção valiosa principalmente em casos de veias muito tortuosas (sem possibilidade de passagem de cateteres ou remoção cirúrgica) ou em áreas de intensa fibrose e adjacentes as ulceras venosas. Pode tratar também algumas veias varicosas de tornozelos frequentemente acometidas por varicorragia (sangramento).

Finalmente, a mini cirurgia ou micro cirurgia de varizes caracteriza-se pela utilização de soluções anestésicas nos trajetos varicosos e em pequenas incisões (sem necessidade de sutura) com a remoção da veia doente através da micro ganchos. Possibilita resultados funcionais e estéticos significativos.

Em suma, a cirurgia vascular brasileira sempre se destacou pelo cuidado estético, técnicas cirúrgicas refinadas. Os métodos minimamente invasivos constituem opção segura e permitem um conforto na recuperação.

Cabe ao profissional em conjunto com as individualidades do paciente decidir qual tratamento seria melhor indicado.

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